Estado da Nação 2023
A Fundação José Neves pretende contribuir para transformar Portugal numa sociedade do conhecimento através da educação alinhada com as necessidades do futuro
A aposta na educação e na formação contínua é crucial para assegurar aos portugueses perspetivas de empregabilidade de qualidade, realização pessoal e bem-estar; é fundamental para as empresas serem mais bem geridas e mais produtivas; e urgente para um Portugal mais competitivo e desenvolvido.
O "Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal" tem o objetivo de apresentar a situação do país nestes domínios e promover a discussão pública para uma urgente evolução do sistema de educação e formação e o seu alinhamento com as necessidades do mercado de trabalho e com os desafios do futuro. É missão deste relatório descobrir e disseminar conhecimento do ponto de situação da educação, do emprego e das competências em Portugal, apresentando metas aspiracionais para 2040.
A edição de 2023 começa por atualizar a posição atual em indicadores-chave da educação e do emprego e as dinâmicas dos salários e do emprego durante o ano de 2022. De seguida, foca-se na digitalização no emprego, nas empresas e na educação, que é uma aposta com muito potencial e que Portugal não pode desperdiçar. Debruça-se ainda sobre os enormes desafios que o sistema de educação e formação enfrenta, quer no longo prazo – sugerindo uma reflexão sobre a educação do futuro – quer desafios inadiáveis que comprometem o futuro dos jovens e do país – a falta de professores e as perdas de aprendizagens resultantes da pandemia. O relatório termina com a posição atual face às metas para um Portugal do conhecimento em 2040 e caminhos para um futuro melhor.
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O estado da educação, do emprego e das competências em 2022
Em 2022, os indicadores-chave da educação e do alinhamento entre educação e emprego progrediram, mas o do emprego manteve-se.
Em 2022, o ganho salarial associado ao ensino superior atingiu mínimos históricos e foi cerca de metade do de 2011.
Depois da pandemia, o mercado de trabalho recuperou os níveis de emprego, tendo-se tornado mais qualificado e digital.
A digitalização no emprego, nas empresas e na educação
A pandemia acelerou a intensidade digital do emprego, mas ainda há um enorme potencial de digitalização por explorar.
Empresas mais digitais são, em média, mais produtivas, pagam salários mais elevados e foram mais resilientes durante a pandemia.
4 em cada 10 adultos portugueses não têm competências digitais básicas e as competências digitais dos estudantes dependem do seu estatuto socioeconómico.
Uma das facetas da digitalização é o crescimento do emprego dos especialistas em TIC, que deve ser reforçado através de formação avançada.
A educação enfrenta enormes desafios
As perdas de aprendizagens resultantes da pandemia comprometem o futuro dos indivíduos e do país.
Portugal é o país da União Europeia com a classe docente mais envelhecida e há poucos jovens que querem ser professores.
As condições de trabalho e a progressão na carreira dos professores tornam a profissão pouco atrativa e insatisfatória.
É necessária uma reflexão para o sistema de educação e formação do futuro.