As áreas de formação dos trabalhadores com maior diferença salarial entre géneros

Apesar da proporção de mulheres que completam o ensino superior ser superior à dos homens, em cerca de 14 pontos percentuais em 2018, a disparidade salarial continua a ser uma realidade.

Por exemplo, entre os trabalhadores licenciados, a disparidade entre géneros atingia os 27%, sendo o salário médio das mulheres de 1550€ e o dos homens de 2141€.

AS DIFERENÇAS POR ÁREA DE FORMAÇÃO

Analisando o padrão de desigualdade por área de formação dos diplomados do ensino superior dos 25 aos 34 anos, é visível uma disparidade salarial em todas as áreas.

No entanto, as diferenças mais substanciais verificam-se nas áreas CTEM (Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática) e, sobretudo, as de serviços industriais, pessoais e de segurança que apresentam hiatos salariais mais elevados.

A este facto não será estranho que são também estas áreas que concentram maior proporção de homens entre os seus trabalhadores.

Por outro lado, as áreas de formação com menor disparidade, são Proteção do ambiente, Informação e jornalismo, Humanidades e Formação de professores.

DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE GÉNEROS POR ÁREA DE ENSINO SUPERIOR, 2018

Fonte: Quadros de pessoal (GEP/MTSSS, INE), FJN/Brighter Future (1)

(1) Nota os dados representam o rácio entre os salários mensais reais de mulheres e homens com ensino superior completo (incluindo CTESP); o valor de 1 representa uma situação de paridade. São apenas consideradas nos cálculos os trabalhadores das 100 profissões mais representativas deste universo, medida pelo número de diplomados empregados
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