Algarve é a região do país com a média de salários mais baixa
O Algarve é a região do país que apresenta a média de salários mais baixa (1.054€) do país. Entre 2010 e 2020, o salário médio aumentou, em termos reais, apenas 41€. É também onde se verifica menor discrepância salarial entre homens e mulheres (-96€). Os trabalhadores entre os 45 e os 54 anos recebem o maior salário médio (1.130€) e os da faixa etária entre os 15 e os 24 anos têm um salário médio inferior a 867€. Os controladores de tráfego aéreo e de segurança de sistemas eletrónicos (7.332€) estão entre as profissões que pagam melhor. Já os setores da eletricidade, gás, vapor, água e ar (2.092€) e as atividades financeiras e de seguros (2040€) são dos que oferecem melhores salários.
Esta é a região que apresenta a maior percentagem de trabalhadores com menos de 35 anos (32%) no país - a par da Área Metropolitana de Lisboa –, logo seguidas pela Região Autónoma dos Açores. Dada a atratividade turística da região, o setor que mais empregos gera é, naturalmente, o do alojamento e restauração (24%), bem como o do comércio a retalho (15%). Os trabalhadores têm, maioritariamente, entre os 35 e os 44 anos (27%), entre os 45 e os 54 anos (24%) e entre os 25 e os 34 anos (23%). Entre 2010 e 2020, o número de trabalhadores na região cresceu 13%, atingindo os 143 mil. Em 2019, no período pré-pandémico, foi quando se registou o maior número de trabalhadores na região (158.616).
Depois do Alentejo e da Região Autónoma dos Açores, o Algarve é a região do país com a menor percentagem de trabalhadores com o ensino superior (16%). A maior parte dos trabalhadores frequentou apenas o ensino básico (49%) e o secundário (35%), cerca de 14% têm uma licenciatura. A saúde, as ciências empresariais e as engenharias e técnicas afins são as áreas de formação mais comuns. O número de desempregados entre os recém-diplomados diminuiu quase 4%, entre 2014 (9,1%) e 2021 (5,4%).
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