Um ano letivo com novos cursos e novas estatísticas
Um ano letivo com novos cursos e novas estatísticas (2021/2022)
Em agosto de 2023, foram atualizados no Brighter Future os cursos do ensino superior – Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), licenciaturas, mestrados integrados e mestrados – e as suas estatísticas relativas ao ano letivo 2021/2022 como o número de vagas, alunos inscritos e alunos diplomados.
São 5010 o número de cursos do ensino superior que podem ser visualizados na plataforma Brighter Future, nomeadamente cursos de licenciatura e mestrado integrado (mais de 1600cursos), mas também cursos de mestrado (mais de 2300 cursos) e CTeSP (mais de1000 cursos).
Para além de informação chave dos cursos – como nível e tipo de ensino e localização da unidade orgânica – podem ser consultadas as estatísticas de cada curso e as principais condições para o Concurso Nacional de Acesso tais como provas de ingresso, vagas estabelecidas e média do último colocado no concurso nacional de acesso do ano letivo anterior.
Em termos agregados, quais foram os destaques dos principais indicadores do ensino superior em 2021/2022?
Num período ainda marcado pela crise pandémica, o número de inscritos, diplomados bem como de vagas aumentaram face ao ano letivo anterior.
Em 2021/2022 estavam inscritos em cursos do ensino superior cerca de 423 mil alunos e 85 mil terminaram um curso do ensino superior nesse ano. Face a 2020/2021, os alunos inscritos e diplomados dos cursos de licenciatura, mestrado integrado, mestrado, CTeSP e doutoramento cresceram 4,5% e 2%, respetivamente.
Manteve-se, deste modo, a tendência de crescimento verificada desde o ano letivo 2013/2014com os alunos inscritos e diplomados a crescerem, respetivamente, 19,9% e 24,4%entre os anos letivos 2013/2014 e 2021/2022.
No caso das vagas dos cursos do ensino superior, verificou-se o maior crescimento dos últimos anos ao aumentarem cerca de 6,6% em 2021/2022 face ao ano letivo anterior.
Foram mais de 77mil vagas em cursos de licenciatura e mestrado integrado, que ultrapassaram, pela primeira vez, o número de vagas registado em 2013/2014. Este forte crescimento foi, de certo modo, esperado devido, por um lado, ao aumento extraordinário de vagas do ensino público no concurso nacional de acesso ao ensino superior em 2021 e, por outro, da entrada em vigor do decreto-lei65/2018 que pôs fim à maioria dos cursos de mestrado integrado, sendo estes substituídos por novos ciclos de estudo compostos por licenciatura e mestrado.
Evolução dos Diplomados, Inscritos e Vagas (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
Fonte: DGEEC, FJN/Brighter Future.
NOTA: Diplomados e inscritos de cursos de licenciatura, mestrado integrado, CTeSP, mestrado e doutoramento. Vagas de cursos de licenciatura e mestrado integrado.
O maior aumento de diplomados ocorreu nos cursos de Mestrado
O crescimento dos diplomados (2%) não foi transversal a todos os ciclos de estudos. Entre2020/2021 e 2021/2022, o número de diplomados aumentou para os cursos de mestrado (13%), doutoramento (11,4%) e licenciatura (2,7%) e diminuiu nos cursos de mestrado integrado (-27,6%) e nos CTeSP (-3,1%).
A forte queda nos cursos de mestrado integrado verificou-se em os todos os indicadores – diplomados, inscritos e vagas – e decorre da nova lei de graus e diplomas, aprovada em 2018, que estabeleceu que, a partir do ano letivo2021/2022 só as áreas da ‘Saúde’ (Ciências Farmacêuticas, Medicina, Medicina Dentária e Medicina Veterinária) e da ‘Arquitetura’ poderão ter cursos de mestrado integrado. Neste sentido foram muitos os cursos de mestrado integrado, sobretudo da área das ‘Engenharias’ que deixaram de existir, sendo criados, no seu lugar, novos cursos de licenciatura e mestrado.
Os alunos diplomados dos cursos de licenciatura foram mais de 49 mil e continuaram a ser a maioria, ao representarem quase 58% do total dos diplomados em 2021/2022. De seguida surgiram os cursos de mestrado com um peso de 26% no total e mais de 22mil diplomados. Os cursos de mestrado integrado estavam na terceira posição –cerca de 6 mil diplomados – com uma proporção de 7% do total (em 2020/2021 o peso dos diplomados de mestrado integrado foi de 10%). Os CTeSP, criados apenas em 2014, surgiram na penúltima posição com cerca de 5 mil diplomados e um peso de 6%no total dos diplomados em 2021/2022. Na última posição encontravam-se os cursos de doutoramento com um peso inferior a 3% nos diplomados.
Evolução dos Diplomados por nível de ensino (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
Fonte: DGEEC, FJN/Brighter Future.
NOTA: Alunos diplomados de cursos de licenciatura, mestrado integrado, CTeSP, mestrado e doutoramento. Ano Letivo2013/2014 = 100 em todos os níveis de ensino, exceto CTeSP (2015/2016).
Os alunos inscritos aumentaram em todos os níveis de ensino, exceto nos cursos de mestrado integrado
Com exceção dos cursos de mestrado integrado (-38%), o número de alunos inscritos aumentou para todos os níveis de ensino em 2021/2022 face ao ano letivo anterior. Destacaram-se as variações dos inscritos dos cursos de mestrado (15,8%) e licenciatura (12,7%). O aumento dos inscritos nos CTeSP(7,7%) e nos cursos de doutoramento (4,1%) foi mais contido.
Os alunos inscritos nos cursos da licenciatura foram mais de 263 mil, representando cerca de 62% do total de inscritos em 2021/2022. Os inscritos nos cursos de mestrado e mestrado integrado foram de 66 mil e 39 mil e tiveram um peso, em 2021/2022, de 18,1% e 9,2%, respetivamente. Os cursos com menos inscritos foram os cursos de doutoramento (5,8%) e os CTeSP (4,5%).
Entre os anos letivos 2013/2014 e 2021/2022, o número de inscritos aumentou para todos os níveis de ensino. A única exceção foram os cursos de mestrado integrado que, devido à reforma curricular supramencionada, tiveram uma queda bastante acentuada em 2021/2022.
Evolução dos Inscritos por nível de ensino
Fonte: DGEEC, FJN/Brighter Future.
NOTA: Diplomados de cursos de licenciatura, mestrado integrado, CTeSP, mestrado e doutoramento. Ano Letivo2013/2014 = 100 em todos os níveis de ensino, exceto CTeSP (2014/2015).
A queda das vagas nos cursos de mestrado integrado foi compensada pelo aumento das vagas nas licenciaturas
A transformação de muitos dos cursos de mestrado integrado em licenciaturas levou a que variação do número de vagas em 2021/2022 face ao ano letivo anterior fosse bastante diferente entre os dois ciclos de estudos.
O número de vagas, indicador que só está disponível para licenciaturas e mestrados integrados, reduziu mais de 52% nos cursos de mestrado integrado, ou seja, as vagas dos cursos de mestrado integrado em 2021/2022 foram menos de metade das registada sem 2020/2021. No sentido inverso, as vagas nas licenciaturas aumentaram cerca de 17% no mesmo período. Em termos absolutos, o aumento das vagas dos cursos de licenciatura (mais 10.301 vagas) mais do que compensou a forte redução das vagas dos cursos de mestrado integrado (menos 5505 vagas).
Analisando por tipo de ensino, verificaram-se algumas tendências de relevo. Apesar do número de vagas ter aumentado para todos os tipos de ensino, o crescimento foi mais significativo nas vagas do ensino público com as vagas a crescerem cerca 9,2%no ensino público universitário e 6,6% no ensino público politécnico. No caso do ensino privado, o crescimento foi menos expressivo, quer no privado politécnico (5,7%) como no privado universitário (1,7%).
Evolução das Vagas portipo de ensino (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
Fonte: DGEEC, FJN/Brighter Future.
NOTA: Ano Letivo 2013/2014 = 100 em todos os tipos de ensino
Estas e outras estatísticas estão disponíveis para cada curso do ensino superior
Além das estatísticas sobre o número de alunos inscritos, alunos diplomados e número de vagas, existem um conjunto alargado de outros indicadores para cada curso que também foram atualizados no Brighter Future, nomeadamente:
- a situação dos alunos inscritos no 1º ano, pela 1ª vez, 1 ano após essa matrícula;
- a distribuição das classificações finais dos diplomados do curso;
- a forma de ingresso dos alunos inscritos no 1º ano, pela 1ª vez.
- propensão ao desemprego dos recém-diplomados
Além destes indicadores, foram também atualizados os dados relativos à propensão ao desemprego dos recém-diplomados de cursos de licenciatura e mestrado integrado.