Arquipélago dos Açores apresenta a menor oferta de cursos no Ensino Superior
O arquipélago dos Açores disponibiliza 46 cursos no ensino superior, o número mais baixo de todasas regiões de Portugal continental e Ilhas, onde, no total, existem 4.570 cursos. Entre a população, o ensino básico predomina (58%), seguido do ensinosecundário (27%) e dos que possuem uma licenciatura (12%). As áreas de formação superior mais procuradas foram as ciências empresariais, a engenharia e técnicas afins e a saúde. Dos trabalhadores da região, 14% têm o ensino superior, tendo-se verificado uma diminuição do número de recém-diplomados no desemprego, de 9,5% (2014) para 4,4% (2021).
Verificou-se ainda uma diminuição do número de trabalhadores entre 2010 (53.841) e 2020(51.070). Entre estes, predominam os que têm menos de 35 anos (36%) - seguidos pelos trabalhadores na faixa etária entre os 35 e os 44 anos (32%). A profissão que mais cresceu foi a de especialistas de redes informáticas e os setores que geram mais emprego são o comércio a retalho (14%); as atividades de saúde humana e de apoio social (13%) e o alojamento e restauração (12%).
Em 2020, osalário médio bruto dos Açoreanos situava-se nos 1.278 € (sendo a segundaregião com salário médio mais elevado, logo a seguir à Área Metropolitana deLisboa), superando em 238 € o valor de 2010 (1.040€). Os trabalhadores com maisde 55 anos são quem aufere o maior salário médio na região (1.562€),situando-se o valor pago aos jovens, entre os 15 e os 24 anos,significativamente abaixo (1.028€). Verifica-se uma diferença de 197€entre o salário médio dos homens (1.377 €) e das mulheres (1.180€). Os atletase desportistas de competição (21.352€), os pilotos de aeronaves (7.681€) e oscontroladores de tráfego aéreo e de segurança de sistemas eletrónicosaeronáuticos (6.665€) destacam-se entre as profissões que pagam os melhoressalários. No que aos setores diz respeito, o das atividades artísticas,espetáculos, desportivas e recreativas (3.297€) é o que oferece os melhoressalários.
Todos estes dados e muitos outros podem ser consultados no Raio X das Regiões da plataforma Brighter Future da Fundação José Neves.
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