Um novo ano letivo com novos cursos e novas estatísticas
FACE AO ANO LETIVO ANTERIOR, OS ALUNOS INSCRITOS E DIPLOMADOS AUMENTARAM E AS VAGAS DIMINUÍRAM
Comparando com o ano letivo anterior, em 2019/2020 o número de alunos inscritos e diplomados dos cursos de licenciatura, mestrado integrado, mestrado, CTeSP e doutoramento registou um crescimento de 3,4% e 5,9%, respetivamente. O número de alunos inscritos e diplomados situava-se, no ano letivo 2019/2020, em aproximadamente 386 mil e 78 mil, respetivamente.
Mantem-se, deste modo, a tendência de crescimento verificada desde o ano letivo 2013/2014 com os alunos inscritos a crescerem cerca de 9,4% e os diplomados cerca de 14,3% entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020.
Por oposição, as vagas (disponíveis para os cursos de licenciatura e mestrado integrado) caíram em 2,2% face ao ano letivo de 2018/2019 e em aproximadamente 6% face ao ano letivo de 2013/2014. De facto, o número de vagas de 2019/2020 foi o mais baixo de todos os anos letivos entre 2013/2014 e 2019/2020.
Evolução dos Diplomados, Inscritos e Vagas (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
FONTE: DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.1
O MAIOR AUMENTO DE DIPLOMADOS OCORREU NOS CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS
A evolução do número de alunos diplomados difere nos diferentes níveis de ensino. Os cursos de licenciatura e mestrado seguem a tendência generalizada de crescimento: entre 2018/2019 e 2019/2020 o número de diplomados com licenciatura e mestrado aumentou 8,2% e 4,1%, respetivamente. Em termos absolutos, esta alteração representa um aumento de cerca de 3400 licenciados e 710 diplomados com mestrado.
Em contraste, houve uma redução nos diplomados de doutoramento e mestrado integrado de aproximadamente 7,7% e 2,9%, respetivamente.
No caso dos mestrados integrados, esta evolução que se traduziu numa redução de 244 diplomados em 2019/2020 face ao ano letivo anterior, está relacionada com a reestruturação dos cursos no seguimento do processo de Bolonha.
Os CTeSP, que surgiram apenas em 2014, destacam-se dos restantes pelo seu crescimento exponencial a nível do número de diplomados de 2015/2016 em diante. Entre 2018/2019 e 2019/2020 os diplomados dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais aumentaram cerca de 14,6%, o que em termos absolutos representa um aumento de 610 diplomados dos cursos de CTeSP.
Os alunos diplomados dos cursos de licenciatura são cerca de 45 mil e continuam a ser a maioria representando cerca de 58% do total de 78 mil diplomados em 2019/2020.
De seguida surgem os cursos de mestrado – mais de 18 mil diplomados – com um peso de 23% no total. Os cursos de mestrado integrado surgem na terceira posição – mais de 8 mil diplomados – com uma proporção de cerca de 10% do total. Apesar de representarem apenas 6% dos diplomados em 2019/2020 com quase 5 mil diplomados, os CTeSP demonstram um forte crescimento na sua representatividade face aos anos letivos anteriores. Na última posição surgem os cursos de doutoramento com um peso de 3% nos diplomados.
Evolução dos Diplomados por nível de ensino (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
FONTE: DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.2
Apesar do crescimento de cerca de 5,9% no número de diplomados de 2019/2020 face ao ano letivo anterior, há algumas áreas de formação em que se verifica um decréscimo, com destaque para a área de ‘Arquitetura e construção’ com uma redução de 5,3% no número de diplomados. No polo oposto, algumas áreas de formação registaram um crescimento superior a 10%:
_ Agricultura, silvicultura e pesca: 20,3%
_ Informática: 19,2%
_ Direito: 13,8%
_ Serviços sociais: 11,8%
Apesar do crescimento da área ‘Agricultura, silvicultura e pesca’, esta continua a ter um peso muito diminuto no universo dos diplomados em 2019/2020.
O CRESCIMENTO DO NÚMERO DE ALUNOS INSCRITOS É TRANSVERSAL A TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO, COM EXCEÇÃO DOS CURSOS DE MESTRADO INTEGRADO
Os alunos inscritos dos cursos de mestrado integrado, que desde 2016/2017 cresceram sucessivamente de ano letivo para ano letivo, registaram uma ligeira redução em 2019/2020 de aproximadamente 0,8%, ou seja, verificou-se uma redução de 505 inscritos face ao ano letivo de 2018/2019. Esta queda estará também associada à redução deste tipo de cursos que foram divididos em cursos do 1º e 2º ciclo do ensino superior.
Similarmente ao verificado a nível do número de diplomados, destaca-se o forte crescimento do número de inscritos em cursos CTeSP com um aumento de cerca de 12,9% – cerca de 2 mil inscritos – em 2019/2020 face ao ano letivo anterior.
Os alunos inscritos nos cursos da licenciatura são quase 222 mil e estão em maioria, tal como verificado ao nível dos diplomados, ao representarem cerca de 58% do total de inscritos em 2019/2020. Os inscritos nos cursos de mestrado e mestrado integrado têm um peso bastante semelhante ao representarem cada um cerca de 16% dos inscritos, ou seja, existiam, em 2019/2020, mais de 125 mil inscritos em cursos de mestrado e mestrado integrado. Os inscritos em cursos de doutoramento continuam a aparecer na quarta posição com um peso de 6% no total dos inscritos à frente dos inscritos dos CTeSP que, apesar do forte crescimento registado nos últimos anos letivos, representam, em 2019/2020, cerca de 5% dos inscritos.
Evolução dos Inscritos por nível de ensino
FONTE: DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.3
Apesar do crescimento de cerca de 3,4% no número de alunos inscritos em 2019/2020 face ao ano letivo anterior, há algumas áreas de formação em que se verifica um decréscimo. Tal como no caso do número de diplomados, foi na área de ‘Arquitetura e construção’ que se registou a maior queda na ordem dos 7%.
Já as seguintes áreas de formação destacam-se como aquelas em que o número de alunos inscritos mais aumentou em 2019/2020 face ao ano letivo anterior:
_ Matemática e estatística: 9,3%
_ Informática: 7,4%
_ Serviços sociais: 6,8%
_ Direito: 5,2%
AS VAGAS DIMINUÍRAM MAS UNICAMENTE DEVIDO ÀS LICENCIATURAS
O número de vagas, indicador que só está disponível para licenciaturas e mestrados integrados, caiu de 2018/2019 para 2019/2020 mas unicamente devido às licenciaturas que registaram uma redução de 2,7%, ou seja, verificou-se uma redução de cerca de 1700 vagas situando-se, em 2019/2020, em aproximadamente 62 mil. Já as vagas dos mestrados integrados permaneceram praticamente constantes – total de cerca de 10400 vagas em 2019/2020 – com uma variação de apenas 0,3% em 2019/2020 comparativamente a 2018/2019.
Face a 2013/2014 o número de vagas sofreu, em 2019/2020, uma redução quer nos cursos de licenciatura como nos cursos de mestrado integrado com um decréscimo de aproximadamente 6,7% e 1,5%, respetivamente.
Evolução das Vagas por nível de ensino (Ano Letivo 2013/2014 = 100)
FONTE: DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.4
A redução generalizada do número de vagas em 2019/2020 face ao ano letivo anterior verificou-se em 14 das 22 áreas de formação. Esse decréscimo foi mais acentuado nas seguintes:
_ Serviços de segurança: 16,5%
_ Formação professores e ciências da educação: 12,7%
_ Proteção do ambiente: 9,7%
_ Agricultura, silvicultura e pesca: 8%
Por oposição, existem apenas duas áreas de formação que registaram um aumento superior a 1%:
_ Matemática e estatística: 8,9%
_ Ciências veterinárias: 6%
A PROPENSÃO AO DESEMPREGO DOS RECÉM-DIPLOMADOS AUMENTOU EM 2020
O ano de 2020 ficou inevitavelmente marcado pela crise pandémica e pelos subsequentes impactos quer a nível económico como social. Tais efeitos também se fizeram sentir a nível da propensão ao desemprego dos recém-diplomados.
Depois da gradual tendência de decréscimo nos últimos cinco anos com a propensão ao desemprego dos recém-diplomados dos cursos de licenciatura a reduzir paulatinamente de 9,9% até aos 3,7% entre 2014 e 2019, a propensão ao desemprego aumentou cerca de 1,6 pontos percentuais entre 2019 e 2020, fixando-se no ano marcado pela pandemia nos 5,3%.
Evolução da propensão ao desemprego dos recém-licenciados
FONTE: IEFP, DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.5
Analisando por área de formação, verificam-se para o ano de 2020, diferenças na taxa de desemprego na ordem dos 8 pontos percentuais.
AS ÁREAS DE FORMAÇÃO COM MAIOR PROPENSÃO AO DESEMPREGO EM 2020
As áreas de formação com maior propensão ao desemprego são: ‘Serviços sociais’, ‘Serviços pessoais’ e ‘Informação e jornalismo’. Todas estas áreas apresentam uma propensão ao desemprego superior a 8% no ano de 2020. Com exceção dos ‘Serviços pessoais’, estas eram também as áreas de formação com a maior propensão ao desemprego no ano de 2019.
No polo oposto, encontram-se as áreas de formação com uma propensão ao desemprego dos recém-diplomados inferior a 2,5% no ano de 2020:
_ Matemática e estatística
_ Saúde
_ Serviços de segurança
_ Ciências da vida
Propensão ao desemprego em 2019 e 2020 por área de formação
FONTE: IEFP, DGEEC, FJN/BRIGHTER FUTURE.5
ESTAS E OUTRAS ESTATÍSTICAS ESTÃO DISPONÍVEIS PARA CADA CURSO DO ENSINO SUPERIOR
Em Agosto de 2021, foram atualizados no Brighter Future os cursos do ensino superior – Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), licenciaturas, mestrados integrados e mestrados – e as suas estatísticas como número de vagas, inscritos e diplomados do ano letivo 2019/2020 e a propensão ao desemprego de recém-diplomados em 2020.
Existem mais de 4500 cursos do ensino superior que podem ser visualizados na plataforma Brighter Future, nomeadamente cursos de licenciatura e mestrado integrado (mais de 1500 cursos), mas também cursos de mestrado (mais de 2100 cursos) e CTeSP (mais de 850 cursos).
Para além de informação chave dos cursos – como nível e tipo de ensino e localização da unidade orgânica – podem ser consultadas as estatísticas de cada curso e as principais condições para o Concurso Nacional de Acesso tais como provas de ingresso, vagas estabelecidas e média do último colocado no ano letivo anterior.
Além das estatísticas sobre o número de alunos inscritos, alunos diplomados, número de vagas e propensão ao desemprego, existem um conjunto alargado de outros indicadores para cada curso que também foram atualizados no Brighter Future, nomeadamente:
_ a situação dos alunos inscritos no 1º ano, pela 1ª vez, 1 ano após essa matrícula;
_a distribuição das classificações finais dos diplomados do curso;
_a forma de ingresso dos alunos inscritos no 1º ano, pela 1ª vez.